Tornar-se um ícone de uma era - representar uma classe, um modo de pensar e viver - é um destino reservado a poucos.
Uma dessas pessoas, sem dúvida, foi a austríaca Maria Antônia Josefa Johanna von Habsburg-Lothringen, ou simplesmente Maria Antonieta.
No entanto, a interpretação de sua figura varia drasticamente, dependendo de quem a analisa.
A controvérsia em torno de Maria Antonieta teve início já na época de sua morte, no final do século XVIII.
Para alguns, ela era vista como símbolo da arrogância e insensatez da monarquia francesa, enquanto para outros, era admirada como mártir, quase uma santa, sacrificada por aqueles que desafiaram a ordem estabelecida.
Ao longo dos anos, a discordância persistiu, deixando pouco espaço para conhecer a Maria Antonieta real, por trás da imagem construída.
Estudos revelam que Maria Antonieta não era fútil e ingênua, mas sim uma mulher astuta que usava o glamour como uma arma para se destacar em uma corte peculiar e hostil.
A pesquisadora americana Caroline Weber, especialista em cultura francesa do século XVIII e autora de "Queen of Fashion" (Rainha da Moda), destaca que Maria Antonieta compreendia o papel fundamental de representação que uma rainha desempenhava.
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