“Não sou como os outros homens, e as leis gerais da moralidade e as regras da propriedade não se aplicam a mim”, disse Napoleão Bonaparte, lembrando assim o comportamento dos antigos reis que o precederam.
A monarquia absolutista na França havia sido marcada pelos escândalos protagonizados por várias amantes reais que, com sua posição privilegiada, distribuíam favores e se interferiam na política.
Um soberano que tinha vários casos com outras mulheres, por sua vez, dava testemunho público de sua virilidade e mostrava a todos de que era capaz de gerar herdeiros para o trono.
Napoleão teve várias amantes, mas na primeira década do século XIX ainda não tinha um sucessor.
“É o tormento da minha vida não ter um filho”, disse o então cônsul ao seu amigo Bourrienne.
“Percebo claramente que meu poder nunca estará firmemente estabelecido até que eu tenha um”, completou (apud WILLIAMS, 2014, p.
Aos 30 anos, sua esposa Joséphine de Beauharnais já tinha dois filhos de seu primeiro casamento e era considerada uma mulher belíssima.
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