Numa manhã de 1889, Antônio Freitas, o palhaço Freitinhas, acordou doente.
Ele não estava em condições de fazer sua apresentação, então teve que ser substituído.
Albano Pereira, um dos donos do circo, não hesitou.
Diante da recusa de outros possíveis candidatos, que preferiram pedir demissão ao invés de serem escolhidos para fazer palhaçadas, ele declarou: "Eu sei! O garoto Benjamim vai ser o palhaço!".
Pobre Benjamim, ele tremeu da cabeça aos pés. "Se eu não fosse negro, eu teria ficado pálido", ele lembra em uma entrevista para o livro "Esses Populares Tão Desconhecidos" (Raposo Carneiro, 1963) do jornalista Brício de Abreu (1903-1970).
Benja, como ele era chamado, tentou convencer Frutuoso, o sócio da companhia, de que não era a escolha certa para arrancar risadas do público.
Mas não adiantou. Logo em sua primeira noite como palhaço, ele foi vaiado e assobiado. Na noite seguinte, jogaram ovos e batatas nele...
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