O sexo, estritamente confinado ao casamento e com o propósito exclusivo de procriação, era uma obrigação moral e espiritual.
Qualquer desvio dessas normas, como relações homossexuais, adultério ou práticas sexuais não procriativas, era visto não apenas como pecado, mas como um ato de rebelião contra a ordem divina estabelecida.
A heresia, nesse contexto medieval, era um termo carregado de significados e implicações, não se limitando apenas a desvios doutrinários, mas também englobava práticas sexuais consideradas imorais ou desviantes pela igreja.
A acusação de heresia sexual era uma poderosa ferramenta nas mãos da igreja, utilizada para controlar e disciplinar a sociedade.
A Inquisição, estabelecida no século XII, representava a resposta institucionalizada da Igreja Católica contra a heresia, incluindo transgressões sexuais, através de tribunais que buscavam erradicar quaisquer desvios das doutrinas religiosas.
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