Todos os meses, nos domingos de lua cheia, um grupo de amigos costumava se reunir em Birmingham, na Inglaterra, para beber quantidades colossais de vinho e bater papo.
Depois do jantar — que acontecia às 2h da tarde, como era comum no século 18 —, os colegas mandavam limpar a mesa e mostravam por que os animados encontros do grupo, conhecido como a Sociedade Lunar, entraram para a história.
Entre uma piada e outra, eles manejavam microscópios e aparelhos elétricos, debatiam como construir uma carruagem movida a vapor ou erguer um balão pelos ares.
E também pensavam em enriquecer e compensar financeiramente o esforço de suas pesquisas. Assim, ajudaram a criar a chamada Revolução Industrial e o mundo no qual todos nós vivemos hoje.
A lista dos "lunáticos" de Birmingham parece uma reunião dos "10 mais" da ciência no século 18. Temos o engenheiro James Watt, que aperfeiçoou as máquinas a vapor; Joseph Priestley, químico descobridor do oxigênio; o médico Erasmus Darwin, avô de Charles e, como o neto, autor de uma revolucionária teoria sobre a evolução dos seres vivos.
O lado empresarial era representado por Matthew Boulton e Josiah Wedgwood, dois protótipos de industrial sempre prontos a usar os experimentos dos amigos para criar produtos inovadores. Havia ainda Richard Lovell Edgeworth e Thomas Day, jovens idealistas que queriam usar o avanço da ciência para melhorar a sociedade.
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