Durante o século 16, a cidade de Gênova, localizada na Itália, implementou uma série de legislações conhecidas como "leis suntuárias". Essas normas tinham como objetivo controlar os gastos da população com vestuário e artigos de luxo, refletindo uma preocupação com a moralidade e a ordem social.
Um estudo recente, divulgado em setembro do ano passado na publicação The Historical Journal, investiga os mecanismos dessa regulamentação e suas implicações sociais.
A pesquisa conduzida pela historiadora da arte Ana Cristina Howie, da Universidade Cornell, revela que existia um rigoroso controle sobre as vestimentas permitidas, abrangendo desde o tipo de tecido até as cores disponíveis para uso.
De acordo com Howie, as leis determinavam que a seda poderia ser utilizada apenas em uma paleta restrita de cores — incluindo preto, branco e vermelho — enquanto a lã não tinha essas limitações.
"Você pode usar lã em qualquer uma das cores da seda, além de fulvo, branco, rosa e porcelana. Você pode usar veludo, mas não se ele tiver algum tipo de padrão. É difícil entender o que é proibido porque é muito detalhado", disse Howie em comunicado.
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