Durante os 72 anos de seu reinado na França, Luís XIV encontrou na grandiosa construção do Palácio de Versalhes a maneira suprema de demonstrar seu poder.
Este palácio, um dos maiores do mundo, abrange 67 mil metros quadrados, possui 2.153 janelas, 67 escadarias, 352 chaminés, 700 aposentos, 1.250 lareiras e um parque com 700 hectares.
Inicialmente, foi Luís XIII quem explorou o local e ordenou a construção de uma casa de campo em 1623.
No entanto, a verdadeira transformação de Versalhes ocorreu quando Luís XIV ascendeu ao trono e convocou os arquitetos Jules Hardouin-Mansart, Robert de Cotte e Louis Le Vau para erguer um palácio que exaltasse seu poder supremo.
Inspirado pelo pensamento de Descartes, que pregava que o homem deveria ser o "senhor e dono da natureza," o paisagista André Le Nôtre concebeu jardins simétricos ao estilo francês, adornados com fontes ornamentais e o pintor Charles Le Brun dedicou-se a obras e esculturas que exaltavam o autoproclamado Rei Sol.
Apesar de toda essa magnificência, a vida na corte francesa em Versalhes era insalubre, peculiar e permeada por regras estritas e bizarras, cujo único objetivo era exaltar o monarca.
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