Em 2022, as pesquisadoras Anne Austin e Marie-Lys Arnette publicaram um estudo no Journal of Egyptian Archaeology, na qual investigam instigantes tatuagens encontradas em múmias da antiga cidade de Deir el-Medina, datadas entre 1550 a.C. e 1070 a.C.
Para elas, os registros estariam associadas ao culto do deus egípcio Bes, conhecido por proteger mulheres e crianças, especialmente durante o parto.
As autoras realizaram escavações em duas tumbas em 2019, onde descobriram indícios de tatuagens preservadas em pele de múmias.
A busca por essas marcas é desafiadora, uma vez que a conservação do tecido é rara, conforme destacado por Austin.
"Como nunca desembrulharíamos pessoas mumificadas, nossas únicas chances de encontrar tatuagens são quando os saqueadores deixaram a pele exposta e essa ainda está presente para vermos milênios depois que uma pessoa morreu", enfatizou a arqueóloga ao Live Science naquele ano.
Entre os achados estava o osso do quadril esquerdo de uma mulher de meia-idade, que apresentava padrões de coloração escura na região lombar.
Perto dessa tatuagem, foram identificados símbolos associados a Bes e a uma tigela, ambos relacionados aos rituais de purificação após o parto.
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