Minissérie brasileira que resgata a história de Maria Bonita, que ao lado de seu marido, Lampião, se tornou lenda no sertão nordestino, 'Maria e o Cangaço' chegou ao catálogo do Disney+ mostrando uma nova perspectiva da personagem: Maria Bonita como mãe e mulher.
Adaptação do livro 'Maria Bonita: Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço', da jornalista Adriana Negreiros, 'Maria e o Cangaço' mostra os dilemas da personagem entre seguir com a vida de uma fora da lei e a vontade de construir uma família após descobrir sua gravidez.
O código do cangaço contra a mulher, não era nada fácil. Entenda!
De Maria da Déa para Maria Bonita
Na paisagem árida e brutal dos anos 1920, no sertão nordestino, quando mulheres não podiam votar, tampouco se divorciar, Maria Bonita rompeu as amarras sociais com a força de um trovão fora de hora.
Em uma época em que a infidelidade masculina era naturalizada — e doenças venéreas, inclusive, tidas como sinal de virilidade —, bastava uma mulher levantar a voz ou rir alto para ser tachada de vulgar.
No código do cangaço, ainda mais cruel, uma traição feminina podia terminar em apedrejamento.
Foi nesse cenário que Maria Alves de Lima, conhecida como Maria da Déa, escreveu sua própria história — à margem das regras e à revelia dos homens.
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